quarta-feira, 4 de abril de 2012

texto da meia noite


Insônia, hoje qualquer tentativa de uma noite de sono será em vão, porque pouso meu braço do outro lado da cama e você esta ali. Não fisicamente, mas ecoas como fragrância de perfume barato em minha mente.
Fui para todos os lugares que juntos estivemos, por mais casual que tenha sido pra você.
No corredor, prendeu meu corpo contra a parede, aproximou os lábios dos meus, me leu com olhos devoradores de predador e em mim sentiu o cheiro de presa fácil.
Não nego, estou rendida e não tenho vontade alguma de me desprender de você, te chamo para um lugar mais reservado onde os olhos curiosos não possam nos ver.
Eu estava enciumada por hipóteses imaginarias e incoerentes. Suas mãos tremem, seus dedos tocam meu rosto, te digo que tens mãos de anjo, talvez mais delicadas que as minhas. Diamante bruto, lapida-me, Eu peço.
Abro os olhos, levanto e acendo um cigarro, sento-me em uma cadeira de madeira maciça, seu formato me faz pensar que é única, desenhada por algum carpinteiro em horas vagas.
Volto no passado não muito distante quando o esperava na saída de algum lugar, as luzes não estavam completamente acesas e o mundo lá fora não parecia existir quando o avistei, me prendes pelo braço, meus nervos se contraem sem duvidas de tensão.
Pergunto o que esta acontecendo e você diz nada irá me acontecer, não entendo o que quer dizer e nem faço questão.
Os corpos aninhados um ao outro, olhares fixos como ordenou o poeta, peço em sussurros por seu beijo e você me acata, sinto seu jeans reagir a nossa comunhão de pensamentos depravados, tudo se desfaz era mais uma peça da minha mente traiçoeira!
Pulo a frustração acendendo o ultimo cigarro.

(Mayara Stefane)

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